A comunidade internacional agora deve se concentrar em garantir que a atual escalada entre Moscou e a Otan não se transforme em um conflito militar direto, disse o ministro das Relações Exteriores húngaro.

Falando à agência de notícias russa RIA Novosti enquanto estava em Nova York para a 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU, Peter Szijjarto disse: “Se você me perguntar, a tarefa mais importante agora é evitar que as tensões nas relações entre a Rússia e a OTAN se transformem em um confronto militar aberto.”

O diplomata alertou que as consequências seriam catastróficas.

Szijjarto continuou dizendo que, como outros de sua geração, ele sempre esperou nunca experimentar uma guerra tão devastadora quanto a Segunda Guerra Mundial.

“Não queremos colocar a existência do planeta em risco, porque um conflito direto entre a OTAN e a Rússia não tem fim, e todos sabem o que isso significa,” ele avisou.

De acordo com Szijjarto, a Hungria, que é membro da própria aliança militar, está fazendo o possível para evitar esse cenário apocalíptico.

Na sexta-feira, ele indicou que Budapeste não se apressará em impor novas sanções a Moscou, especialmente aquelas que afetam o fornecimento de energia.

“É uma linha vermelha definitiva para nós. Não queremos forçar o povo húngaro, que de forma alguma é responsável pela guerra, a pagar por ela,“, disse Szijjarto.

Ele também alertou que a economia europeia está entrando em recessão devido às medidas punitivas contra a Rússia já em vigor.

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