Chega de zica da Lusa em ano de Copa do Mundo
Há algum tempo eu tenho a sensação de que ano de Copa do Mundo nunca é bom para a Portuguesa, pelo menos neste milênio. Em 2002, meses depois da alegria do penta, sofremos o primeiro rebaixamento no Brasileirão. 2006 foi aquele desastre com a inédita queda no estadual e o Benazzi nos salvando na bacia das almas na Série B.
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2010 não foi nenhum fim do mundo, mas batemos na trave em tudo – na época, até saíram algumas notícias de que existia a remota possibilidade de o Brasil não jogar a Copa por conta do caso Bruno Cazarine, quem lembra? Imagina como a Lusa não ganharia a antipatia geral se ficasse marcada como o time que tirou a seleção da Copa…
Em 2014, a lanterna da segundona e a passagem só de ida pra Série C – sem falar no show de horrores que foi aquele ano, com a pataquada em Joinville, e por aí vai. Em 2018 já estávamos todos peritos no significado de “crise”, mas marcou o primeiro ano e que ficamos sem divisão e também a primeira vez em que caímos na 1ª fase da Copa Paulista levando o torneio a sério.
E 2022?
O objetivo principal já foi conquistado, o acesso pra elite do Paulistão, e ainda por cima com um título. Depois de um ‘susto’, em que quase ficamos pelo caminho na 1ª fase da Copa Paulista, já estamos a dois passos de garantir algum calendário nacional pra 2023.
Ainda temos muito chão pela frente, mas se me perguntarem, eu diria que esse é o ano em que vamos chutar pra longe essa zica de azar lusitano em anos de Copa do Mundo.
* André Carlos Zorzi é jornalista, autor de “Para Nós És Sempre O Time Campeão – A Portuguesa de 1996” e coautor de “Lusa: 100 Anos de Amor e Luta”.
Referência: https://netlusa.com.br/colunas/andre-carlos-zorzi/opiniao-chega-de-zica-da-lusa-em-ano-de-copa-do-mundo