Três grandes empresas de processamento de pagamentos – Visa, Mastercard e American Express – anunciaram que colocarão todas as vendas de lojas de armas em uma categoria separada de compras a partir de agora. A medida, que foi recebida com críticas por defensores dos direitos das armas, segue uma decisão de um órgão de padrões internacionais de introduzir um código comercial separado para varejistas de armas de fogo.

A Visa – a maior processadora de pagamentos do mundo – foi a última a anunciar sua decisão no sábado. A Mastercard e a American Express haviam dito anteriormente que começariam a usar o novo código.

A Organização Internacional para Padronização (ISO) – um órgão com sede na Suíça – anunciou sua decisão de introduzir um novo “código de categoria do comerciante” na sexta.

Até sexta-feira, as vendas das lojas de armas eram rotuladas como “mercadoria geral”. A mudança foi feita em resposta a um pedido do Amalgamated Bank, com sede em Nova York.

A medida é exigida há muito tempo por defensores de uma regulamentação mais rígida sobre armas, que dizem que isso ajudará a rastrear compras de armas suspeitas. A medida permite que bancos e processadores de pagamento atribuam um novo código aos pagamentos feitos a varejistas de armas, mas não mostrará quais itens específicos foram comprados. O código também não abrangerá a compra de armas fora de varejistas específicos de armas.

“Quando você compra uma passagem aérea ou paga suas compras, sua operadora de cartão de crédito tem um código especial para esses varejistas. É apenas senso comum que temos as mesmas políticas em vigor para lojas de armas e munições”, disse o prefeito de Nova York, Eric Adams, ele próprio um ex-policial.

O novo sistema seria “um passo importante para acabar com o apoio do sistema financeiro ao tráfico de armas, violência armada e terrorismo doméstico”, A senadora Elizabeth Warren (D-MA) e a deputada Madeleine Dean (D-PA) escreveram em uma carta assinada por dezenas de outros legisladores americanos.

A notícia provocou a ira dos defensores das armas, no entanto.

“Não se trata de rastreamento ou prevenção ou qualquer motivação virtuosa – trata-se de criar um registro nacional de proprietários de armas”. a National Rifle Association (NRA) disse no domingo. Seu porta-voz, Lars Dalseide, também classificou a medida como “nada mais do que uma capitulação a políticos e ativistas anti-armas empenhados em corroer os direitos dos americanos cumpridores da lei, uma transação de cada vez”.

Em agosto, lobistas anti-armas da GunsDownAmerica e Giffords pediram às empresas de cartão de crédito que sinalizassem compras legais de armas e munições como suspeitas, exigindo um código de categoria de comerciante separado para varejistas autônomos de armas.

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